sexta-feira, 18 de dezembro de 2015


Sonda Akatsuki chegou ao Planeta Vénus



A sonda Akatsuki foi lançada para o espaço em 20 de Maio de 2010, e tinha como objetivo alcançar o Planeta Vénuspouco mais de 6 meses depois do lançamento, mais precisamente no dia 6 de Dezembro de 2010. Porém, a sonda Akatsuki falhou o seu objetivo de entrar em órbita ao redor de Vénus na data prevista.
Depois de errar o alvo, a JAXA colocou a sonda a orbitar o Sol durante 5 anos, até que a sonda pudesse voltar a ter condições propícias para entrar em órbita do planeta Vénus. Tal data foi 7 de Dezembro de 2015, quando finalmente a Akatsuki chegou com sucesso ao seu alvo.
A Akatsuki tem como objetivo estudar a atmosfera de Vénus, incluindo a suas espessas nuvens que cobrem a superfície deste planeta. Com esta missão espacial esperamos vir a conhecer melhor este nosso planeta vizinho.
O planeta Vénus possui uma atmosfera cuja pressão é de cerca de 90 vezes superior à pressão atmosférica terrestre ao nível do mar. Devido ao efeito de estufa a temperatura média na superfície do planeta ronda os 460 ºC.
Poderá visitar a pagina desta missão no seguinte link (em inglês): http://global.jaxa.jp/projects/sat/planet_c/index.html.


domingo, 8 de março de 2015

Teoria da Relatividade


Albert Einstein - Teoria da RelatividadeA expressão “Teoria da Relatividade” pode referir-se a duas teorias distintas que são atribuídas a Albert Einstein: a teoria da relatividade restrita e a teoria da relatividade geral. Estas são duas teorias revolucionarias que vieram alterar a nossa visão sobre a natureza do espaço e do tempo.

Teoria da Relatividade Restrita

Em 1905, Albert Einstein publicou a sua teoria da relatividade restrita (também conhecida como teoria da relatividade especial). Apesar de geralmente a teoria da relatividade restrita ser atribuída a Einstein, outros cientistas da época contribuíram para a formulação desta teoria, tais como o matemático e físico francês Henri Poincaré, o físico holandês Hendrik Lorentz, entre outros.
A teoria da relatividade restrita veio pôr em causa a mecânica clássica do famoso físico inglês Isaac Newton. A mecânica clássica apresentava o tempo e o espaço como conceitos independentes, já a nova teoria apresentada por Einstein apresentava o tempo e espaço como uma entidade unificada.
Podemos resumir a teoria da relatividade restrita em dois postulados:
1 – Todos os processos da Natureza decorrem igualmente em todos os sistemas inerciais de referência.
2 – A velocidade da luz no vácuo é igual para todos os sistemas de referência inerciais. Ela não depende nem da velocidade do emissor, nem da velocidade do recetor do sinal luminoso.
Quais as consequências destes postulados? Para compreendermos melhor, vamos imaginar a seguinte situação: estamos dentro de um carro que se desloca a 50 km/h. Entretanto um outro carro ultrapassa o nosso a uma velocidade de 80 km/h. Neste caso nós observamos o outro carro a afastar-se de nós a uma velocidade de 30 km/h, que corresponde à diferença entre a velocidade do outro carro e a nossa velocidade.
Agora vamos imaginar uma outra situação: estamos numa nave espacial que se desloca a 100.000 km/s. A velocidade da luz é de 300.000 km/s (aproximadamente). Nesta nossa viagem estamos a nos afastar de uma determinada estrela. Dentro da nave vamos medir a velocidade da luz emitida pela estrela. Seguindo o raciocínio do “senso comum”, seria de esperar que observássemos a luz a passar por nós a uma velocidade de 200.000 km/s, pois equivaleria à diferença entre a velocidade da luz e a velocidade da nossa nave. Mas tal não sucede assim! Nós observaríamos a luz a passar por nós a uma velocidade de 300.000 km/s. Ou seja, a velocidade da nossa nave não pareceria em nada afetar a nossa perceção sobre o valor da velocidade da luz que vem da estrela.
O que aconteceria se estivéssemos a nos afastar da estrela a uma velocidade de 250.000 km/s? Ao observar a luz que vem da estrela, veríamos que a sua velocidade seria novamente de 300.000 km/s!
Como explicar este estranho comportamento da luz? O que acontece é que quanto maior é a velocidade do observador, mais lentamente o tempo passa para ele. Quando a velocidade do observador vai se aproximando da velocidade da luz, o tempo para esse observador vai passando cada vez mais devagar.
Assim, vários observadores que viajam em velocidades diferentes, vão todos eles observar que a velocidade da luz é de 300.000 km/s, devido precisamente à diferente forma como o tempo passa para cada observador.
Um dado importante a levar em conta, é que a teoria da relatividade restrita é válida para referenciais inerciais, e não para aqueles que possuem aceleração. Neste caso a força da gravidade não está contemplada nesta teoria.
A teoria da relatividade restrita apresentou também a famosa equação que descreve a equivalência massa-energiaE=mc2 onde E é a Energiam é a massac é a velocidade da luz.

Teoria da Relatividade Geral

Em 1915, Einstein apresenta a sua teoria da relatividade geral. Nesta teoria, Einstein introduz os referenciais não inerciais (que possuem aceleração). A ideia base da teoria da relatividade geral, também conhecida como Princípio da Equivalência, diz-nos que sistemas acelerados e sistemas submetidos a campos gravitacionais são fisicamente equivalentes.
Uma importante conclusão a que Einstein chegou com a sua teoria da relatividade geral, é que a força da gravidade é na realidade uma curvatura no espaço-tempo devido à presença de um objeto massivo. Assim Einstein desenvolveu uma nova teoria da gravitação.
A teoria prevê também que a própria luz é atraída pelos objetos massivos. Esse efeito só é perceptível de forma significativa com objetos de massa elevada. Este aspecto da teoria da relatividade geral foi confirmada em 29 de Maio de 1919 durante um eclipse do Sol. Foi observado que estrelas que pareciam no céu estarem próximo do Sol, não surgiam exatamente no local onde deveriam de estar, mas estavam ligeiramente deslocadas. A causa desse desfasamento era a distorção do espaço-tempo (a força da gravidade) do Sol que desviava a luz das estrelas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Estrela da Pistola

Estrela da Pistola e a Nebulosa da PistolaA Estrela da Pistola (também referida como Estrela Pistola, ou ainda como Pistol Star) é uma das estrelas mais massivas conhecidas atualmente. Esta estrela situa-se na Nebulosa da Pistola, sendo que a nebulosa foi provavelmente criada devido a material ejetado pela estrela.
Estrela da Pistola é uma hipergigante azul, sendo intrinsecamente uma das estrelas mais brilhantes da nossa galáxia, a Via Láctea. Esta é uma estrela de dimensões colossais, sendo que o seu brilho, segundo certa estimativa, equivale a cerca de 10 milhões de vezes o brilho do nosso Sol (existem estimativas que apresentam um valor mais baixo para o brilho da estrela).
Estima-se que atualmente a Estrela Pistola tem cerca de 100 vezes a massa do Sol, e que ao longo do tempo foi perdendo parte de sua massa devido a violentas erupções que libertaram material para o espaço, e assim, como foi dito anteriormente, parte deste material ejetado estará na origem da nebulosa que a envolve. O tamanho da Nebulosa da Pistola é de aproximadamente 4 anos-luz.
Como ao longo do tempo a Estrela Pistola foi perdendo massa, é possível que no início esta estrela possuísse uma massa equivalente a cerca de 200 vezes a massa do Sol.
A Estrela Pistola está a cerca de 25.000 anos-luz de nós, na direção da constelação de Sagitário, estando próximo do centro da Via Láctea. Apesar desta enorme distância, esta estrela colossal seria visível da Terra a olho nu caso não estivesse “escondida” por detrás da poeira interestelar. A Estrela da Pistola foi descoberta através do telescópio espacial Hubble no início da década de 1990.
Dadas as características da Estrela da Pistola, sua perspetiva de “vida” é, à escala astronómica, bastante curta. É possível que nos próximos 3 milhões de anos esta estrela venha a explodir transformando-se numa supernova.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Estrela Canopus – Constelação de Carina


CanopusCanopus, a estrela alfa da constelação de Carina, é a segunda estrela mais brilhante (em magnitude aparente) que pode ser observada no céu noturno. Esta é a estrela mais brilhante da constelação de Carina, e pode ser observada a partir do hemisfério sul.
A magnitude aparente de Canopus é de -0,72. De todas as estrelas que são possíveis de ser observadas no nosso céu noturno, apenas a estrela Sirius é mais brilhante que Canopus. Obviamente que aqui não estamos a levar em conta o nosso Sol. Se levarmos em consideração que Canopus está a uma distância de cerca de 310 anos-luz de nós, então concluímos que esta é uma estrela intrinsecamente muito brilhante. Seu brilho é cerca de 15.000 vezes maior que o do Sol. Sua magnitude absoluta é de -5,53.
Canopus é uma estrela supergigante branco-amarelada. Seu tipo espectral é F0, sendo este tipo de estrela supergigante muito raro.
Seu diâmetro é cerca de 65 vezes superior ao diametro do Sol. A temperatura na superfície desta estrela é um pouco mais de 7.000 K

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Orion – Constelação


Constelação de OrionA constelação de Orion (ou Orionte), é uma das constelação mais conhecidas dado ter estrelas brilhantes e também outros objetos celestes de grande interesse. Esta constelação pode ser observada a partir da Terra em ambos os hemisférios.
Um dos aspectos que a constelação de Orion se destaca é a sua forma de trapézio formada por 4 estrelas brilhantes: Betelgeuse (estrela alfa da constelação de Orion), Bellatrix (gama), Saiph (kapa) e Rigel (beta). A constelação de Orion também possui 3 estrelas alinhadas quase em linha recta, popularmente conhecidas como as Três Marias: Mintaka (delta), Alnilam (epsilon) e Alnitak (zeta).
Orion - Orionte
Constelação de Orion. Crédito: Torsten Bronger.
A constelação de Orion tem ainda vários objetos do “céu profundo”. Um dos mais interessantes é certamente a Nebulosa de Orion, também conhecida como M42. A M42 é por muitos considerada como uma das mais belas nebulosas que podemos observar. A M42 está a cerca de 1350 anos-luz de distância, e sua magnitude aparente é de +4, no limite daquilo que pode ser visto a olho nu, sendo portanto visível à vista desarmada num local escuro e em condições atmosféricas favoráveis.

Nesta constelação existem ainda as nebulosas M43, M78, a Nebulosa Cabeça de Cavalo (também conhecida por IC 434), entre outras nebulosas. Existem ainda vários enxames de estrelas.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Galáxia de Bode – M81


Galáxia de BodeA Galáxia de Bode, também conhecida por M81 e por NGC 3031, é uma galáxia que foi descoberta em 31 de Dezembro de 1774 pelo astrónomo alemão Johann Bode. A galáxia de Bode situa-se a aproximadamente 12 milhões de anos-luz e pode ser observada na direção da constelação da Ursa Maior.
A M81 é uma galáxia espiral com um diâmetro na ordem dos 90.000 anos-luz, ou seja, um pouco menor que o diâmetro da nossa Via Láctea.
A galáxia de Bode é relativamente fácil de ser observada, está mesmo ao alcance de uns binóculos. A sua magnitude aparente é de 6,9.
A galáxia de Bode é um objeto celeste relativamente popular entre os astrónomos amadores no hemisfério norte, para além de ser objeto de estudo por parte de muitos astrónomos profissionais.
A galáxia de Bode (ou M81)  é a maior galáxia do chamado Grupo M81. Este grupo é constituído por 34 galáxias, uma das quais é a também conhecida M82 que se situa a 150.000 anos-luz de M81. A M82 também é visível com relativa facilidade mesmo através de pequenos telescópios.
Acredita-se que há algumas dezenas de milhões de anos atrás, estas galáxias passaram muito próximas uma da outra. A interação gravitacional de M81 terá deformado significativamente a M82, porém a M81 também não saiu totalmente ilesa desse encontro, tendo sofrido algumas alterações (porém não tão grandes quanto as da sua parceira).
M81 e M82

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Galáxia do Sombrero – M104

Galáxia do SombreroGaláxia do Sombrero (ou Galáxia do Sombreiro) é também conhecida por M104 ou NGC 4594. Trata-se de uma galáxia espiral situada a uma distância na ordem dos 30 milhões de anos-luz de nós, podendo ser observada na constelação de Virgem. Sua magnitude aparente é de cerca de +9,0 fazendo com que seja visível através de um telescópio amador.
galáxia do Sombrero foi descoberta em 1781 pelo astrónomo francês Pierre Méchain. O nome desta galáxia vem da sua forma peculiar que faz lembrar um chapéu mexicano.
A galáxia do Sombrero tem um diâmetro aproximado de 50.000 anos-luz. Esta é uma galáxia relativamente brilhante (especialmente o seu núcleo), possuindo à sua volta um disco achatado de material escuro. A M104, outro nome dado a este objeto celeste, possui em seu centro um buraco negro muito massivo. Uma outra característica da M104 é a existência de um bulbo central de grandes dimensões.
A galáxia do Sombrero é bastante rica em termos de aglomerados globulares. Estima-se que esta galáxia possua cerca de 2.000 aglomerados globulares.
A galáxia do Sombrero é um objeto celeste muito “fotogénico”, como podemos verificar através da bela imagem que se segue.
Galáxia do Sombrero - M104
Galáxia do Sombrero, também conhecida como M104.